4 Organização
Os Siemens S7-300 PLCs utilizam diversos tipos de blocos para a programação e operação. Aqui estão os principais blocos e uma descrição mais detalhada de cada um:
- Blocos de Organização (OBs): Esses são os blocos que estruturam e controlam a execução do programa do usuário. Eles organizam a execução dos blocos de funções e blocos de dados. Por exemplo, o OB1 é o bloco principal que é chamado ciclicamente, tornando-se a espinha dorsal da maior parte do programa. Outros Blocos de Organização são automaticamente chamados em resposta a determinados eventos, como falhas de programa, falhas de energia, interrupções e inicialização do PLC.
- Blocos de Funções (FBs): Os blocos de funções contêm uma sequência lógica ou algoritmo que é usado repetidamente em todo o programa. Uma vez que um bloco de função é definido, ele pode ser chamado de qualquer lugar do programa, permitindo a reutilização de código e a modularidade. Os blocos de função também possuem uma memória de instância, permitindo que eles armazenem informações entre chamadas.
- Blocos de Dados (DBs): Os blocos de dados são usados para armazenar informações de estado, configurações ou outros dados que precisam ser mantidos entre as chamadas de blocos de função. Eles agem como uma espécie de “memória” para o programa, retendo informações mesmo quando o PLC é desligado e ligado novamente. Eles podem armazenar uma variedade de tipos de dados, incluindo bits, bytes, palavras, duplas palavras, inteiros, reais, temporizadores e contadores.
- Blocos de Função (FCs): Semelhantes aos Blocos de Funções, os Blocos de Função são usados para encapsular funcionalidades específicas que são frequentemente usadas. No entanto, os Blocos de Função não têm memória de instância, o que significa que eles não mantêm um estado interno entre as chamadas. Isso os torna mais leves e rápidos, mas também significa que os valores das variáveis locais não são mantidos entre chamadas.
- Blocos de Sistema (SFB / SFC): Esses são blocos fornecidos pelo fabricante do PLC que fornecem funcionalidades específicas do sistema. Isso pode incluir coisas como comunicação de rede, controle de interrupções, funções de diagnóstico e muito mais. Eles fornecem funcionalidades que seriam muito complexas ou demoradas para serem escritas manualmente e são testadas e otimizadas pelo fabricante para garantir a confiabilidade e o desempenho.
Em resumo, um programa S7-300 é normalmente construído a partir de uma combinação desses diferentes tipos de blocos. Cada bloco tem um papel específico e juntos eles permitem a criação de programas complexos e flexíveis para controlar uma ampla variedade de tarefas de automação.
Em Construção
4.1 UDT
UDT, ou Tipos de Dados Definidos pelo Usuário, é um recurso valioso em muitas linguagens de programação, incluindo aquelas usadas em Programação de Controladores Lógicos (PLC). Permite que os programadores criem suas próprias estruturas de dados, além das estruturas predefinidas oferecidas pela linguagem de programação. Essas estruturas personalizadas são projetadas para atender a necessidades específicas de um projeto ou aplicativo, tornando-as mais adequadas para a tarefa em mãos.
Por exemplo, um programador pode definir um UDT para um “carro”, que inclui propriedades como “cor”, “marca”, “modelo” e “ano”. Uma vez que este tipo de dado personalizado é definido, o programador pode então usá-lo para criar variáveis que são instâncias deste tipo de dados. Cada uma dessas variáveis, então, teria todas as propriedades definidas no UDT.
Os UDTs podem ser extremamente úteis em projetos de grande escala ou complexos, pois permitem uma organização de dados mais eficiente e intuitiva. Eles também promovem a reutilização de código, já que os UDTs definidos podem ser usados em várias partes do programa, e até mesmo em diferentes programas.
Além disso, os UDTs tornam o código mais legível. Ao invés de lidar com múltiplas variáveis individuais para cada propriedade de um objeto, um programador pode simplesmente lidar com uma única variável que encapsula todas essas propriedades.
Em suma, o recurso UDT aumenta a versatilidade de uma linguagem de programação, permitindo um nível mais alto de personalização. Isso pode resultar em código mais limpo, mais fácil de entender e de gerenciar, o que é especialmente valioso em projetos de grande escala.
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